Muito tem se falado a respeito das psicoterapias de abordagem transpessoal, porem pouco se sabe de fato a respeito de suas aplicações e seus métodos.
Pode ser definida como uma abordagem científica que estuda, pesquisa e aplica terapeuticamente, os estados de expansão da consciência.
A psicoterapia transpessoal tem como objetivo primordial a re-união da pessoa (forma/personalidade) ao Ser (essência). Para isso ela trabalha com uma concepção do ser humano integral, em suas quatro funções – razão, emoção, sensação e intuição e integrado numa unidade bio-psico-social, espiritual e cósmica. É atribuída a esta dimensão (espiritual), um inesgotável potencial de cura, independentemente de religião, crenças ou valores.
Seu método valida e reconhece todas as outras abordagens psicoterapêuticas, porem vai além; através de recursos e técnicas ( psicovivências) que promovem a expansão de estados de consciência, a pessoa pode vislumbrar “saídas” para seus conflitos, medos e limites por meio da experiência, pois estes estados ampliam seus recursos internos.
A descoberta de que existem outros estados de consciência além da nossa consciência de vigília ou de sono, mostra que nestes estados enxergamos e vivenciamos aspectos fragmentados da realidade. Podemos sintetizar este postulado com uma Fórmula - VR=f(EC), ou seja, o ego/personalidade vivencia a realidade de acordo com o estado de consciência em que se encontra. Para que se possa re-significar ou relativizar uma experiência traumática por ex., se faz necessário entrar em um estado de consciência (transpessoal) que vá além dos cinco sentidos ,onde a realidade pode ser vista e sentida sem fragmentos e experienciada em sua totalidade. Dessa forma então pode ser possível desenvolver sentimentos de paz, amor, desapego, desidentificação e harmonia interior..
Dentre as técnicas e instrumentos utilizadas no processo psicoterapêutico e complementar a este, pode-se citar, as terapias regressivas à vivências passadas, hipnose, visualização criativa, meditação, práticas de Yoga, respiração holotrópica, relaxamento profundo, entre outras.
Sua indicação é bastante ampla, desde a necessidade de auto-conhecimento até sintomas de depressão, pânico, conflitos nos relacionamentos interpessoais, doenças psicossomáticas... etc.Vale ressaltar que estas técnicas são utilizadas sempre dentro de um contexto psicoterapêutico com o objetivo de ampliar e enriquecer o processo, e não meramente como um recurso isolado que vislumbre a cura.